29 de ago. de 2008

Desencantos ou desenganos?

"Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Levantar-nos cedo. Sair e deixar o João. Transporte coletivo tão cheio de pó, tão sujo... Passar o dia fora. Passar o dia a ser analisada. Voltar e encontrar um João sem sonhos, sem projetos, muito calado. Nos fins-de-semana sem ter onde ir, quer seja pela falta de amigos, quer seja por falta de transporte. Pena. Uma cidade muito limpa, ruas largas, verdes tão encantadoramente verdes mesmo sob sol de mais de 30 graus.

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Olha, todo mundo dizia que os gerentes eram capazes de entrar nos nossos computadores e analisarem o que lá tínhamos, o que estávamos fazendo, por onde andávamos, se estávamos no msn e com quem. Nunca tinha perguntado como, nem visto ou sentido algo diferente. Passei a observar, além das pessoas, isto também. Um dia vi algo estranho. Uma luzinha acendendo bem embaixo, na barra do computador. Perguntei para o "entendido" e me informou que qdo isso acontecia é pq tinha alguém no meu computador. No primeiro dia em que me dei conta, eu ri muito. Achava isto uma besteira sem tamanho. No segundo dia, sem esperar, lá de novo a tal de luz. Deste dia em diante, não tinha hora certa para "estarem" comigo. Uma vez, duas vezes por dia ou mais. Começou a ser uma tortura psicológica. Na história do Pequeno Príncipe, a Raposa ficava feliz pq sabia que a tal hora o menino iria aparecer e só o estar a espera daquela hora já lhe trazia alegria ao coração. Comigo, ao contrário. Não era o Pequeno Príncipe. Não tinha horário determinado. Não me trazia alegria. Era terror. Medo. Pânico.

Mais um motivo para chorar, aumentar aqueles sentimentos já descritos.

Era preciso fazer algo. Era hora de agir.

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