7 de ago. de 2008

De mala e cuia..

Quando o João chegou em primeiro de janeiro de 2006, eu já estava com 90% das nossas coisas encaixotadas, casa alugada lá onde íamos, acertos de casa e etc e tal que deveriam ser feitos referente ao apartamento onde estávamos morando. João chegou! Que festa! Agora eu sabia que ele estava retornando para aqui ficar. Visitamos amigos e familia para a despedida. Fiz doação de toda a minha roupa de inverno. Nós estávamos partindo para não mais retornar. Era essa a nossa intenção. Retorno só para visitas. Uma vez por ano quem sabe... A não ser que o trabalho para o João sorrise de tal maneira, nos proporcionando a chance de retorno. Sonhamos muito. Ainda bm que ainda não se paga imposto sobre sonhos... Nós partimos no inicio de janeiro de 2006, com o coração aberto, prontos para chegar lá, ocupar nosso lugar, ajudar num desenvolvimento maior da empresa, usando nossos conhecimentos, nossa prática de 30 anos. Coração aberto. Inocência nos planos e sonhos. Confiança nos que lá estavam, naquele que aqui nos contratou. Eu deveria ter analisado mais os detalhes. Deveria ter conversado mais com minha familia, minhas amigas... Devia... Eu, de olhos vendados, carreguei o João comigo. Olhos vendados sim. Cega. Surda. Acho que pensei que eu era alguém. Que o João também.
Bolas, só escrevo nos últimos minutos do nosso horário.. Paro por aqui. Mas, atenção: amanhã eu conto os detalhes que eu deveria ter ouvido, palavras que deveria ter prestado atenção, atitudes que deveriam ter me alertado... Boba. Eu.

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